Sabemos que dentro da Cardiologia a área de atuação mais tecnológica hoje é a cardiopatia estrutural, com desenvolvimento de dispositivos, métodos diagnósticos e terapias cada vez mais modernas.
Dentro desse contexto, estamos acompanhando uma tendência cada vez maior de se discutir inteligência artificial na medicina e não seria diferente em uma área de atuação tão vanguardista como a doença valvar, mas ainda carecíamos de uma organização metodológica para entendermos em quais pontos temos tecnologia desenvolvida a ponto de aplicabilidade clínica.
Olhando o modelo atual de atendimento ao paciente concentrado no Heart Team, podemos entender níveis distintos de contato entre tecnologia, médico e paciente. O primeiro passo seria a tradicional dobradinha anamnese e exame físico. Após essa etapa, passamos para métodos diagnósticos, na sua grande maioria por imagem e chegando ao final, temos o procedimento intervencionista e suas diferentes modalidades.
Ainda por trás disso tudo, temos o manejo das informações e a criação do “Big Data” buscando selecionar perfis de pacientes e marcadores de prognóstico que possam ser trazidos para o debate na melhor tomada de decisão possível para cada paciente.
Ou seja, diversos são os pontos em que o uso da inteligência artificial é possível e pode trazer benefícios incalculáveis elevando a precisão, reduzindo tempo e custos e claro, beneficiando o paciente.
À medida que o volume e a complexidade dos dados aumentam, torna-se mais difícil para as capacidades cognitivas humanas processá-los e analisá-los de forma eficaz.
O primeiro alerta que deve ser crucial para analisarmos possíveis publicações dessas ferramentas e claro, sua aplicabilidade é a validação rigorosa em diversas coortes e diversos centros para que possamos enxergar, com a menor chance de vieses os benefícios e limitações das tecnologias.
No primeiro passo da abordagem temos a anamnese em que o uso da inteligência artificial pode ser aplicado na otimização de um relatório de anamnese, organizando o fluxo de informações obtidas durante a entrevista, criando alertas de aspectos que poderiam estar sendo esquecidos e gerando pedidos e relatórios evitando deslizes e ganhando tempo.
O exame físico é, talvez, o menos explorado até o momento. Obter informações de exame físico passam muito pela disponibilidade e uso de dispositivos que tornam caro e de baixo alcance a disseminação de determinada tecnologia. Alguns vestíveis têm sido usados na obtenção de dados como frequência cardíaca ou até mesmo pressão arterial, mas ainda em processo de validação clínica mais robusta.
A doença valvar é muito centralizada na ausculta cardíaca e o aprendizado do médico nesse ponto deixa muito a desejar em diversos centros.
Trata-se de uma habilidade barata e com excelente poder discriminatório assinalando pacientes com maior probabilidade de ter patologia valvar relevante.
Embora a acurácia do ouvido humano seja limitada e demande um treinamento aprofundado, o uso de diversas modalidades de inteligência artificial podem ser uteis na avaliação do ruído captado buscando trazer uma hipótese diagnóstica para o médico avaliar e utilizar em sua tomada de decisão. Redes neurais convolucionais, “Computer Vision” e “Machine Learning” são boas ferramentas que poderiam avaliar ruídos captados de estetoscópios digitais ou outros dispositivos capazes de captar o ruído sonoro torácico.
Literatura Sugerida:
1 – Maznyczka A, Nuis RJ, Shiri I, et al Artificial Intelligence in Valvular Heart Disease: Innovations and Future Directions. JACC Cardiovasc Interv. 2025 Oct 27;18(20):2439-2457.
Click Valvar#691 – IA na Abordagem da Cardiopatia Estrutural
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