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Intervenção em Mulheres

TAVI ou SAVR?

A busca por uma melhor estratificação dentro da cardiopatia estrutural é incessante e cada vez mais, com novos métodos diagnósticos, se aproxima de uma granularização buscando o momento e o perfil ideais.

Desde métodos diagnósticos sofisticados, buscando uma repercussão hemodinâmica mais incipiente até a seminal discussão entre gêneros compõem um espectro de detalhes que devem ser levados em conta no ambiente de Heart Team.

Quando falamos sobre intervenção em mulheres, apontamentos sobre questões sociais e menor índice de referenciamento existem e tem explicações diversas, mas uma vez indicada a intervenção, a evolução parece ter aspectos distintos quando comparados ao sexo masculino.

Tomando por base pacientes que compunham as coortes do PARTNER 3 e do RHEA, mulheres foram comparadas entre grupos que se submeteram a implante de TAVI ou cirurgia.

Em um composto de mortalidade, AVC e reinternação, o grupo submetido a TAVI apresentou melhores resultados em 1 ano de acompanhamento, principalmente pela variável internação em 1 mês após o procedimento.

Quando colocamos na análise o tamanho do anel aórtico, mulheres com anel pequeno e que se submeteram a TAVI tiveram desfechos melhores do que aquelas que foram submetidas à cirurgia convencional.

Vale ressaltar que dentro do grupo de mulheres, anel pequeno era encontrado em dois terços dos pacientes acompanhados.

As pacientes com anel aórtico grande não apresentaram os mesmos achados nessa condição.

Os demais achados já tradicionais na comparação entre TAVI e cirurgia convencional foram semelhantes ao que vemos na literatura, como menor sangramento e tempo de internação no grupo TAVI e taxas semelhantes de marcapasso e leak paraprotético nos grupos.

Como a prevalência de mulheres com anel aórtico grande era baixa, os achados estatísticos devem ser interpretados com cautela e não generalizados, mas a discussão em anel pequeno torna-se interessante.

A princípio a intervenção com TAVI parece ser mais vantajosa, quando indicada corretamente e os resultados no acompanhamento ainda pequeno mostram boa performance do dispositivo implantado, mesmo tendo na literatura questionamentos sobre perfil hemodinâmico das próteses com folhetos intraanulares.

Desde a complexidade no diagnóstico até a detalhes sobre intervenção, o gênero está presente como um fator que agrega características específicas e que devem estar presente na mesa de discussão antes da melhor tomada de decisão.

Literatura Sugerida: 

1 – Eltchaninoff H, Windecker S, Mack MJ, et al. Aortic Valve Replacement in Women: A Pooled Analysis of the RHEIA and PARTNER 3 Trials. JACC Cardiovasc Interv. 2025 Jun 23;18(12):1540-1553.

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