Exame Físico das Valvopatias

Endocardite Infecciosa – Parte 2

A presença de próteses valvares é um grande fator de risco para o desenvolvimento de uma endocardite, pois se trata de um material estranho cavitário e, invariavelmente, como vimos anteriormente, leva a algum grau de aceleração de fluxo, podendo lesar o endotélio adjacente. Nesse contexto, o examinador deve estar muito atento aos achados auscultatórios, visto termos sobreposição de manifestações semiológicas.

Perifericamente, podemos encontrar algumas manifestações que, inclusive fazem parte dos critérios diagnósticos propostos para definir um paciente como portador de endocardite. São manifestações, muitas vezes constitucionais, secundárias ao processo infeccioso, mas que, quando examinadas atentamente, guiam o clínico ao diagnóstico adequado.

O achado de petéquias são comuns e podem ser encontradas em qualquer topografia do organismo. Muito encontradas no exame das mucosas como da conjuntiva e também das extremidades. Quando acometem o leito ungueal, surgem lesões em cunha ou em forma de chama.

Seguindo o exame físico das extremidades, o exame das mãos é fundamental, pois ali se concentram diversos achados interessantes. A presença de pequenos nódulos indolores, macios, nas polpas digitais, que duram algumas horas ou dias é critério clínico para facilitar o diagnóstico. São chamados de nódulos de Osler, formado por manifestações imunológicas em quadros de longa duração.