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DOAC ou Varfarina pós-TAVI?

Alguma classe é melhor?

O uso de anticoagulantes já é consagrado na cardiologia e tem seus benefícios terapêuticos bem documentados. Com a inclusão no arsenal medicamento dos anticoagulantes diretos, poucos pacientes passaram a ter a recomendação formal do uso apenas da varfarina, expandindo bastante o uso dos DOAC’s pela sua comodidade posológica.

Observando as indicações de uso da varfarina, grande parte dos pacientes acabam tendo algum grau de valvopatia, muito por não termos estudos dedicados no uso dos DOAC’s nessa coorte.

Recentemente pacientes com próteses biológicas foram testados para saber se o DOAC poderia ser uma boa alternativa de anticoagulação em casos de pacientes com recomendação do uso dessa classe medicamentosa frente à varfarina.

Como TAVI é uma prótese biológica, alguns insights começaram a surgir nesse grupo de pacientes pela dificuldade inerente do uso da varfarina numa população idosa e há bem pouco tempo, majoritariamente cheia de comorbidades e de alto risco cirúrgico.

Interessante que na análise de registros, a partir de 2018, mais de um terço dos pacientes submetidos a TAVI já saiam de alta com o uso de DOAC’s e observando a evolução clínica com aqueles que ainda usavam varfarina, alguns achados são bem interessantes.

Dados relacionados a sangramento, mostram que os pacientes que usavam DOAC’s apresentavam taxas inferiores quando comparados com indivíduos que usavam varfarina. Os mesmos resultados podem ser vistos na incidência de acidente vascular cerebral, com a balança favorecendo os casos que usam DOAC’s.

Vale ressaltar que uma série de publicações prévias mostravam similaridade entre as classes medicamentosas, mas os achados mais recentes, embora sejam de registros e ocorram de forma retrospectiva, mostram superioridade do uso dos DOAC’s frente à varfarina.

Talvez pela exponencial maior exposição desse tipo de população à essa classe medicamentosa, passamos a encontrar essa superioridade nos resultados, mas ainda não podemos estabelecer de forma categórica devido a natureza desses estudos que são consagrados por levantar hipóteses.

Embora ainda tenhamos diversas perguntas em aberto, como por exemplo, qual o DOAC seria melhor ou mesmo se há diferença entre os primeiros 3 meses e o acompanhamento, o uso de DOAC’s em pacientes após o TAVI tem cada vez mais se mostrado seguro e com resultados melhores quando comparado à tradicional varfarina que pode estar perdendo mais uma coorte de preferência, ficando apenas com as próteses mecânicas…

Literatura Sugerida: 

1 – Ando T, Nazif T, Briasoulis A, et al, Vemulapalli S. Clinical outcomes of direct oral anticoagulant versus warfarin after transcatheter aortic valve replacement: From the STS/ACC TVT registry. Am Heart J. 2025 Jul;285:66-73.

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