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Estenose Aórtica Baixo Fluxo

Ainda mais prevalente?

A estenose aórtica clássica, com elevados gradientes transvalvares é o padrão mais encontrado no dia a dia do clínico que avalia doenças valvares no idoso, mas muitos desafios podem surgir em casos em que temos uma área valvar reduzida.

Por definição, quando encontramos uma área valvar reduzida, no caso menor do que 1cm2 ou o valor indexado para a superfície corporal abaixo de 0,6cm2/m2 acompanhada de um gradiente médio abaixo de 40mmHg, estamos diante de uma estenose aórtica de baixo gradiente. Nesse contexto existem dois tipos bem definidos, aquele com queda na fração de ejeção do ventrículo esquerdo, também chamado de estágio D2 e aquele com fração de ejeção preservada, mas com volume sistólico reduzido, sendo que usamos como corte o valor de 35mL/m2.

Avaliando apenas os casos em que temos baixo gradiente em uma estenose aórtica, a composição hemodinâmica associada a queda na fração de ejeção é a mais prevalente, mas alguns dados podem sugerir até mesmo que sua existência é ainda maior.

Alguns centros tem observado que casos de estenose aórtica estágio D2 acabam não sendo encaminhados para centros terciários como define a diretriz por desconhecimento técnico do cardiologista clínico que por diversas razões acaba encaminhando o paciente para cuidados paliativos antes da hora.

Além de toda essa questão de conhecimento adequado da patologia, a definição ecocardiográfica dessas subclassificações costumam ser desafiadoras em que tanto o volume sistólico indexado e a fluxo transvalvar tem definido as classificações fenotípicas de estenose aórtica.

É bem verdade que esses subtipos de estenose aórtica apresentam prognósticos desfavoráveis, mas a queda na fração de ejeção tem um impacto ainda mais negativo e isso ocorre de forma independente, tornando o estágio D2 como o de maior mortalidade e taxas de reinternação.

Dos parâmetros usados para a confirmação de um estado de baixo gradiente, o stroke volume tem se mostrado melhor na predição de desfechos do que a avaliação do fluxo transvalvar e muito se discute sobre o ponto de corte utilizado nas atuais diretrizes.

Dessa forma, ao nos depararmos com um paciente com estenose aórtica importante de baixo gradiente, depois de confirmarmos excluindo possíveis erros de medida, devemos observar a fração de ejeção. O segundo parâmetro a ser olhado e que nos dará dados prognósticos mais robustos? O Stroke Volume indexado…

Literatura Sugerida: 

1 – Sen J, Huynh Q, Stub D, Neil C, Marwick TH. Prognosis of Severe Low-Flow, Low-Gradient Aortic Stenosis by Stroke Volume Index and Transvalvular Flow Rate. JACC Cardiovasc Imaging. 2021 May;14(5):915-927.

 

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