Estenose Tricúspide
Os achados da estenose tricúspide são raros, assim como a própria valvopatia. Casos isolados são ainda menos comuns e a etiologia reumática é a que tem maior prevalência. Quase sempre ela está acompanhada de outras valvopatias e os achados auscultatórios se perdem na avaliação inicial do paciente.
De forma prática, na ocorrência de uma redução da área valvar significativa, podemos encontrar a formação de um gradiente diastólico clinicamente relevante e, da mesma forma como ocorre na estenose mitral, nesse ponto, iniciam-se os achados semiológicos.
Ainda nesse ponto, os achados são mais relacionados ao represamento sistêmico da volemia, como anasarca, ascite e hepatomegalia, mas caso haja repercussão auscultatória, o examinador por encontrar achados bem próximos da estenose mitral.
Estalido de abertura na etiologia reumática e ruflar diastólico quando o gradiente médio ultrapassa 5 mmHg. Em fases iniciais, quando o paciente está em ritmo sinusal, como no acometimento mitral, pode-se encontrar um reforço pré-sistólico que desaparece na presença de uma fibrilação atrial.
Manobras que elevam o retorno venoso, no contexto de uma estenose tricúspide podem exacerbar o sopro diastólico, visto que mais volume de sangue vai passar pela valva estenosada.
Na estenose tricúspide o achado periférico mais comum é uma insuficiência cardíaca direita refratária ao tratamento clínico, com poucos achados no exame do precórdio.
Os demais detalhes se assemelham muito aos achados da insuficiência tricúspide, como a caquexia cardíaca.