fbpx

Fenótipos de Insuficiência Aórtica

Pouca novidade…

Recentemente aqui na nossa plataforma, discutimos sobre uma estratificação dentro do mundo da estenose aórtica visando entender quais pacientes teriam uma evolução mais agressiva de sua doença com o intuito de aumentarmos a vigilância e nos aproximar de uma indicação mais precisa de intervenção no timing correto.

Observando a insuficiência aórtica, também podemos notar que trata-se de um grupo de pacientes heterogêneos em que diversas características podem ser aceleradoras ou não da evolução da doença e também, os achados podem nos sinalizar para indivíduos que estejam sofrendo uma sobrecarga maior do que os outros.

Os pacientes portadores de regurgitação aórtica foram divididos em quatro grandes grupos por determinadas características. O primeiro era composto de pacientes jovens com valvopatia aórtica congênita e com remodelamento excêntrico pronunciado, embora apresentassem fração de ejeção predominantemente preservada.

Outro grupo era formado por homens idosos com valva aórtica trivalvular com alguma carga de comorbidades cardiovasculares.

O terceiro grupo também era de homens idosos, mas marcado por terem alta prevalência de disfunção sistólica do ventrículo esquerdo e fibrose miocárdica. Costumam ser mais sintomáticos e apresentam alta taxa de mortalidade cardiovascular.

O grupo quatro tem uma característica diferente. São do sexo feminino, com volumes ventriculares indexados menores, por essa razão menor referência para troca valvar. São muito sintomáticos e apresentam elevadas taxas de mortalidade também.

Diferente do que foi visto na estenose aórtica, na regurgitação aórtica temos uma diferenciação que corrobora muitos achados prévios na literatura. O fato de mulheres terem mais sintomas, menor referenciamento para intervenção e por isso maior mortalidade talvez corrobore a ideia de termos limites de repercussão hemodinâmica distintas entre os sexos, demandando uma revisão nos guidelines.

Outro ponto interessante é a melhor adaptação ventricular mediante a uma regurgitação grande e de longo prazo de pacientes jovens com valvopatia bicúspide.

As demais características acabam circulando no já conhecido sobre grau de repercussão hemodinâmica e alta prevalência de comorbidades levando a desfechos negativos.

Interessante ressaltar que o uso de machine learning pode trazer novos insights, mas também pode reafirmar situações debatidas na literatura há alguns anos, como podemos ver nesse caso de regurgitação aórtica.

Melhorou nossa estratificação? Melhorou, mas nada que já não desconfiássemos ou mesmo já tínhamos conhecimento…

Literatura Sugerida: 

1 – Malahfji M, Tan X, Kaolawanich Y, et al. Machine Learning Identification of Patient Phenoclusters in Aortic Regurgitation. JACC Cardiovasc Imaging. 2025 May;18(5):557-568.

Compartilhe esta postagem

Privacidade e cookies: Este site usa cookies. Ao continuar no site você concorda com o seu uso. Para saber mais, inclusive como controlar cookies, veja aqui: Política de cookie

As configurações de cookies deste site estão definidas para "permitir cookies" para oferecer a melhor experiência de navegação possível. Se você continuar a usar este site sem alterar as configurações de cookies ou clicar em "Aceitar" abaixo, estará concordando com isso.

Fechar