As diretrizes que abordam doenças valvares usam determinados parâmetros validados de forma robusta para orientar o leitor de como deveria se comportar diante de determinado quadro clínico.
Dentro desse contexto, a doença valvar demanda a meticulosa avaliação de duas variáveis fundamentais quando estamos diante de uma valvopatia de grau importante, a presença de sintomas ou limitação de capacidade funcional e o grau de repercussão hemodinâmica clinicamente significativa.
Diante disso, as demais variáveis podem até estar presenta nas diretrizes, mas o grau de recomendação ainda é baixo.
Quando estudamos fibrose intersticial, uma construção de um raciocínio fisiopatológico traz uma grande plausibilidade, mas observando as doenças valvares, muitos insights estão surgindo.
A estenose valvar aórtica leva a uma pós-carga elevada de forma crônica, que em estágios mais avançados nos leva a uma hipertrofia ventricular e algum grau de fibrose intersticial.
Quanto mais fibrose encontrada, pior deve ser o prognóstico desse indivíduo, mas nem sempre esse ponto é tão claro assim.
É nítida a relação com desfechos cardiovasculares, mas outros achados também estão correlacionados a presença de fibrose além da área valvar aórtica e poderiam ser responsáveis pelo seu surgimento o que atrapalharia a avaliação isolada da doença valvar.
Sexo feminino, classe funcional pior, função renal e níveis de BNP são marcadores que se correlacionam com alta densidade de fibrose miocárdica.
Embora conhecer um valor de corte para estratificarmos pacientes com estenose aórtica seja uma ferramenta interessante quando observamos a fibrose miocárdica, precisamos ter em mente que uma avaliação mais detalhada é mandatória.
Conhecer vieses e limitações do método faz parte dessa caminhada no conhecimento dessa manifestação dentro da história natural da estenose aórtica e demais patologias concomitantes.
Se em algum momento poderemos entender que o manejo desses indivíduos tenha que passar pela avaliação do músculo cardíaco parece interessante, mas observando o que temos na literatura, ainda estamos atrelados a presença de sintomas e/ou repercussão hemodinâmica em que a fração de ejeção é o carro chefe.
Literatura Sugerida:
1 – Wang TKM, Dong T. Parsing the Shades of Gray of Myocardial Fibrosis in Aortic Stenosis. JACC Cardiovasc Imaging. 2025 Feb;18(2):192-194.
Click Valvar#612 – Fibrose e Suas Causas
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