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Degeneração de prótese biológica

Quando podemos definir esse diagnóstico?

Desde o início do implante de próteses biológicas por via cirúrgica convencional, a deterioração é uma preocupação constante. Essas próteses são favorecidas em relação às mecânicas devido à sua menor trombogenicidade e à não necessidade de anticoagulação a longo prazo, mas as biopróteses cirúrgicas estão propensas à degeneração estrutural de seus folhetos, chamado de SVD (Structural Valve Deterioration) e esta tende a aumentar com o tempo, particularmente após 7 a 8 anos do implante, resultando em durabilidade limitada a longo prazo. Em pacientes submetidos ao implante cirúrgico de bioprótese aórtica, estima-se que a incidência de deterioração estrutural protética seja <1%, de 10-30% e de 20-50% após 1, 10 e 15 anos de acompanhamento, respectivamente, mas outros fatores além do tempo de implante têm relevância nessa evolução, como idade do paciente, doença renal crônica, etc.

As próteses transcateter (TAVI) também são consideradas próteses biológicas, porém sem anel protético, mas com um stent metálico onde são ancorados os folhetos. Passam por um processo de “crimpagem” antes de serem inseridas e em boa parte dos casos, se submetem a pós-dilatação com balão para reduzir a incidência de Leak. Essas diferenças no manejo para o implante levam a microlesões que alteram a conformação estrutural do colágeno podendo levar a aceleração da degeneração dos folhetos.

Recentemente vem se buscando uma padronização na definição de degeneração de biopróteses, tanto a convencional, quanto a transcateter e separaram os casos em:

  • Degeneração estrutural valvar – calcificação, fibrose e/ou fratura de folheto.
  • Degeneração não-estrutural valvar – Leak, mismatch e/ou embolização tardia.
  • Trombose – Formação de trombo com disfunção protética.
  • Endocardite – infecção levando a disfunção protética.

A degeneração estrutural ocorre de forma definitiva, portanto, se uma trombose de torna calcificada, levando a disfunção, passa-se a se chamar degeneração estrutural valvar.

Mais recentemente, SVD foi separado em morfológica e hemodinâmica e acrescenta o conceito de falência de bioprótese ou BVF (Bioprosthetic Valve Failure) que é a SVD com repercussão clínica – morte relacionada.

Literatura Sugerida: 1 – Capodanno D, Petronio AS, Prendergast B, et al. Standardized definitions of structural deterioration and valve failure in assessing longterm durability of transcatheter and surgical aortic bioprosthetic valves: a consensus statement from the European Association of Percutaneous Cardiovascular Interventions (EAPCI) endorsed by the European Society of Cardiology (ESC) and the European Association for Cardio-Thoracic Surgery (EACTS). Eur Heart J. 2017;38:3382–3390.

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