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Exame Físico das Valvopatias

Inspeção Torácica

 

Após a avaliação pormenorizada do ictus cordis e a compreensão dos achados frente a questões fisiopatológicas, segue-se o exame físico do precordio, ainda na inspeção.

Utilizando-se dessa técnica, podemos notar a presença de abaulamentos. Para essa avaliação, o observador pode utilizar uma visualização tangencial e uma frontal para poder notar com mais clareza essa conformação anatômica.

Em crianças, alterações do gradil costal são mais fáceis de serem visualizadas na vigência de hipertrofias ventriculares.

Casos de impulsos e até mesmo de empuxos podem ser visualizados na inspeção do tórax de indivíduos com aumentos cavitários. Insuficiência tricúspide importante com dilatação do ventrículo direito costuma apresentar essas duas manifestações. Em uma fração de segundos antes se contrair ocorre empuxo, ou retração sistólica e na sequência há um impulso junto com a contração cavitária.

Ao palpar o tórax, na presença de hiperfonese de bulhas, pode-se ter uma percepção tátil do choque valvar que devem constar na descrição do exame físico do paciente. Seguindo as sensações táteis nos pacientes portadores de valvopatias, surgem as percepções de frêmitos, que são vibrações secundárias à presença de sopros cardíacos.

Quando temos um sopro de intensidade muito elevada, podemos ter a sensibilidade tátil ao colocar a mão sobre o tórax do paciente. A presença de frêmitos classifica a intensidade do sopro em pelo menos +4/+6. Outra informação que deve ser coletada nesse contexto é a localização desse frêmito, correlacionado com os focos de ausculta que serão discutidos na sequência.

De forma geral, temos que a hipertrofia e a dilatação das cavidades, principalmente ventriculares são analisadas pela inspeção e palpação.

Sobrecargas volumétricas do lado direito, como na insuficiência tricúspide, apresentam abaulamento da região precordial, impulso sistólico e empuxo na ponta. Nas sobrecargas volumétricas do lado esquerdo, como na insuficiência mitral ou aórtica, aumentam e desviam o ictus para a esquerda e para baixo e as sobrecargas pressóricas do lado esquerdo, como na estenose aórtica, temos um pequeno aumento e uma intensidade muscular, raramente desviado mais do que alguns centímetros.

Literatura Sugerida:
1 – Bignoto, Tiago. Valve Basics – Valvopatia do Básico ao Avançado. 1ª ed. São Paulo: The Valve Club, 2021.

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