Exame Físico das Valvopatias

Ciclo Cardíaco

Entre as bulhas normais, ou seja, primeira e segunda, temos os tempos do ciclo cardíaco, sístole e diástole. São nesses intervalos que buscamos a presença de ruídos sistólicos e diastólicos, respectivamente.

Como já dissemos anteriormente, entre a B1 e B2, temos a sístole, exatamente o intervalo entre o fechamento das valvas atrioventriculares (B1) e as ventrículo arteriais (B2). Qualquer sopro que ocorra nesse intervalo é classificado como sendo um sopro sistólico. Essa informação, a localização do sopro no ciclo é fundamental, pois aponta para determinadas valvopatias específicas. Por exemplo, na presença de um sopro sistólico, não é de se esperar que encontremos uma estenose mitral, que geraria um sopro diastólico. Assim a sequência da investigação, seja com manobras ou até mesmo a solicitação de exames não contemplaria como possibilidade diagnóstica a estenose mitral.

Outro aspecto interessante de detalharmos são as partes, tanto da sístole, quanto da diástole.

Dividindo essas partes do ciclo cardíaco em 3 partes, temos que o terço inicial é denominado de proto, o segundo terço de meso e o terço final de tele. Assim, qualquer ruído que se encontre no início de alguma parte do ciclo seria chamado de proto, por exemplo, um ruído que ocorra no início da diástole é denominado de protodiastólico. A mesma relação existe para a sístole, por exemplo, um ruído que ocupe o segundo terço da sístole é denominado de mesossistólico.

Quando temos um ruído que ocupe todos os segmentos, como um sopro, temos um sopro holossistólico, por exemplo.