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Febre Reumática

Diagnóstico Clínico-Laboratorial

Assim continuamos em mais uma temporada do “Valve Basics” falando sobre um assunto que em todas as temporadas anteriores foi mencionado, a febre reumática.

Doença de prevalência elevada em países em desenvolvimento e em regiões de pobreza nos países desenvolvidos, com referências históricas de surtos de febre reumática desde a idade média, mas apenas no século XX houve correlação entre o surto com uma infecção bacteriana de orofaringe semanas antes.

Baseado nesses e em outros dados posteriormente descobertos, temos hoje um escore diagnóstico que será explicado a seguir.

Diagnóstico
Os critérios de Jones, tão tradicionais no diagnóstico da febre reumática surgiram em 1944 com um viés claro: apresentavam elevada especificidade e baixa sensibilidade.

Trata-se de um escore clínico-laboratorial dividido em critérios maiores e menores como veremos na sequência.

Os maiores são os mesmos desde a primeira revisão na década de 50 e são enumerados assim:

  • Cardite
  • Poliartrite
  • Coreia
  • Eritema Marginado
  • Nódulos Subcutâneos

Já os menores incluem achados de artralgia e febre, bem como reagentes de fase aguda. A evidência de infecção bacteriana pelo streptococcus é um fator obrigatório no diagnóstico, devido à fisiopatologia já discutida anteriormente.

Já na década de 90 do século passado, iniciou-se um processo em que a sensibilidade passou a ser buscada na composição dos critérios e assim surgiram os critérios de Jones modificados com a seguinte composição dos critérios menores:

  • Febre
  • Artralgia
  • VHS e PCR elevados
  • PR prolongado

A presença de 2 critérios maiores ou 1 maior e 2 menores fecham o diagnóstico clínico e, em determinadas condições de elevada prevalência populacional com documentação de infecção pelo Streptococcus, apenas 2 menores são suficientes para dar o diagnóstico.

De agora em diante, vamos detalhar cada um dos critérios já citados anteriormente, nas postagens seguintes…

Literatura Sugerida:
1 – Braunwald, Eugene. Tratado de medicina cardiovascular. 10ª ed. São Paulo: roca, 2017. v.1 e v.2.

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