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O Método Clínico

Anamnese – Parte 3

 

Antecedentes Pessoais

 

Essa é uma parte muito importante e não é muito difícil convencer o leitor disso. Saber as doenças que acometem o paciente faz parte de qualquer investigação clínica e o impacto disso é claro.

A presença de diversas comorbidades, em indivíduo idoso, o faz apontar para uma possível estenose aórtica degenerativa calcifica e não para um quadro congênito de valva aórtica bivalvar.

O mesmo racional podemos ter para um indivíduo com história prévia de infarto agudo do miocárdio e o desenvolvimento de insuficiência mitral de etiologia secundária.

Múltiplas histórias de faringoamigdalite podem levantar as suspeitas de um acometimento reumático de determinada valva. Em mulheres jovens e com estenose mitral? Aqui esse antecedente serve como uma luva, não é?

 

Hábitos de vida e Condições socioeconômicas

 

Deixamos esses dois juntos, pois muitas vezes se confundem, inclusive com apelo cultural forte.

Condições ruins de acesso a saneamento e saúde de qualidade aumentam as chances de determinadas etiologias e devem ser sempre levados em conta. Assim, um breve questionário direcionado para entender o dia a dia do indivíduo traz valiosas informações.

 

Sinais e Sintomas

 

Para iniciar essa parte da obra, precisamos diferenciar ambas as definições. Sinal é tudo aquilo que podemos mensurar de alguma forma. Por exemplo, febre, que podemos mensurar objetivamente a temperatura.

Já sintoma é tudo aquilo que o paciente se queixa, não mensurável objetivamente. Por exemplo, dor torácica. Não há, até o momento, um exame ou um aparelho capaz de mostrar objetivamente a presença ou não de uma dor torácica.

Em algumas situações os dois conceitos se misturam um pouco e podem ser referidos pelo paciente e também medido objetivamente.

A dispneia talvez seja um bom exemplo. Em determinadas situações, o paciente de queixa de dispneia, sendo, portanto, um achado subjetivo (sintoma), mas ao ver o seu paciente se exercitar numa esteira ergométrica, você pode claramente apontar para uma dispneia, tornando essa medida objetiva (sinal).

Quando avaliamos pacientes na cardiologia, algumas queixas acabam por ser ativamente pesquisadas, pois são as manifestações de sinais e sintomas próprios das doenças cardíacas. Ainda mais dentro da valvopatia, que talvez seja a área que tenha maiores manifestações semiológicas a serem pesquisadas na cardiologia.

Literatura Sugerida:
1 – Bignoto, Tiago. Valve Basics – Valvopatia do Básico ao Avançado. 1ª ed. São Paulo: The Valve Club, 2021.

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