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Insuficiência Tricúspide

Insuficiência Tricúspide

A definição de insuficiência tricúspide é a falha em evitar o refluxo de sangue do interior do ventrículo direito para o átrio direito, durante a sístole ventricular. De forma fisiológica, um pequeno escape é esperado e, inclusive, é o que propicia a estimativa da pressão sistólica na artéria pulmonar, visto que através da velocidade máxima desse refluxo fisiológico, podemos utilizar a fórmula de Bernoulli modificada e estimar esse valor.

Sendo assim, para ser considerada com repercussão hemodinâmica, a insuficiência tricúspide deve ser ao menos moderada, ou seja, com orifício efetivo de refluxo maior do que 0,2cm2.

Classificação
A classificação clínica da insuficiência tricúspide segue o modelo proposto para todas as outras valvopatias e, se você já pode ser considerado um leito assíduo da nossa plataforma, já deve estar bem habituado a esse modelo. Publicada em 2014 pela American Heart Association, divide a valvopatia em estágios de A até D.

O estágio A é aquele com risco de desenvolvimento de lesão com significância hemodinâmica. Exemplo a presença de discreta degeneração mixomatosa, mas ainda sem refluxo.

O estágio B engloba as lesões de graus discreto e moderado. Encontramos uma regurgitação com ERO de até 0,39cm2, com valores de referência muito semelhantes ao acometimento do lado esquerdo.

A partir do momento que a lesão passa a ser importante, ou seja, com ERO acima de 0,4cm2, temos os estágios C e D. O que diferencia ambos é a presença de sintomas e aqui vale uma ponderação. Lesão importante à direita costuma ser bem menos sintomático do que do lado esquerdo e, portanto, a investigação deve ser cuidadosa. Inicialmente pelas queixas serem distintas (fadiga versus dispneia) e depois por serem muitas vezes negligenciadas pelo clínico (edema).

A partir do momento que se torna sintomático, estamos diante do estágio D e, sendo de etiologia primária, isso torna a indicação de intervenção com alto grau de recomendação, diferente da etiologia secundária.

Assim, além de saber em qual estágio está a doença, é fundamental aqui saber a real etiologia do acometimento.

Literatura Sugerida:
1 – Otto CM, Bonow RO. A Valvular Heart Disease – A companion to Braunwald’s Heart Disease. Fourth Edition, 2014.

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