PCSK9 na Estenose Aórtica
Uma luz no fim do túnel…
Uma luz no fim do túnel…
O debate sobre o uso de medicamentos específicos no tratamento de valvopatias sempre foi alvo de ensaios clínicos e, raramente, alguma terapêutica não intervencionista mostra algum valor prognóstico positivo. Foi assim com as estatinas na estenose aórtica e com o beta-bloqueador na estenose mitral.
Recentemente o tratamento da dislipidemia sofreu uma modificação radical com o inibidor da PCSK9, principalmente nas dislipidemias familiares e isso fez o estudo sobre a droga crescer exponencialmente.
Como a etiopatogenia da estenose aórtica calcifica foi bem estudada e elucidada recentemente, vimos que o processo de acúmulo de lipídeos nas estruturas valvares é o ponto inicial de toda a degeneração fibrocalcífica experimentada nessa patologia.
Fatores de risco semelhantes à doença arterial coronariana nos mostraram que o depósito de partículas oxidadas de LDL colesterol fazem parte do início de todo o processo.
Em um trabalho promissor, foi avaliado o perfil genético relacionado à PCSK9 e suas expressões fenotípicas nos folhetos da valva aórtica.
Achados interessantes foram compartilhados e alimentam diversas expectativas que ainda precisam ser provadas em trials clínicos, mas que valem desde já a reflexão. Uma determinada variante da PCSK9 (R46L) expressa menor prevalência de estenose aórtica calcifica, podendo ser um achado importante para basear uma futura terapia gênica.
Foram encontrados secretores de PCSK9 nos folhetos da valva aórtica e sua inibição, em vitro, fez reduzir a calcificação celular nesse experimento. Isso é um fato muito positivo para imaginar que o uso clínico de inibidores da PCSK9 em estágios iniciais de calcificação valvar aórtica possa ter algum impacto clínico relevante na evolução da área valvar e deterioração da valva nativa.
Aparentemente apenas o LDL foi reduzido significativamente, não tendo impacto muito relevante na Lp(a), o que ainda gera uma série de discussões.
O que fica disso é claro, ainda precisamos de um experimento mais adequado, com trials robustos e em diversas heterogenicidades populacionais, mas o achado é muito importante visto apresentar embasamento fisiopatológico razoável e plausível.
Aguardemos os próximos capítulos dessa evolução que devem trazer ótimas notícias para os pacientes que evoluiriam com estenose aórtica calcífica.
Literatura Sugerida:
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