TAVI após Endocardite
É permitido?
É permitido?
A Endocardite é uma doença potencialmente fatal e traz consigo uma série de morbidades. De forma geral, 50% dos pacientes que foram internados com a doença e sobreviveram o primeiro mês são submetidos a intervenção cirúrgica valvar ainda na internação.
Em uma população idosa, a prevalência se eleva, bem como a mortalidade, visto serem pacientes normalmente de alto risco e cheios de comorbidades. Quase um terço desses acabam por ter a cirurgia convencional negada pelos altos riscos e uma abordagem percutânea é contraindicada pelas atuais diretrizes internacionais pelo risco de contaminação da prótese implantada.
Algumas publicações mostram que o tratamento cirúrgico após 10 dias de tratamento antimicrobiano adequado em infecções controladas, excluindo o S. aureus tem bons resultados na evolução desses casos. Isso fez gerar a hipótese de se tentar o tratamento tanscateter em determinados contextos.
Aparentemente, naqueles casos de risco cirúrgico proibitivo, o tratamento com TAVI de uma lesão aórtica residual pode ser tentado em casos com baixo risco de infecção local. No entanto, quase 1/5 dos pacientes que são submetidos a esse tipo de tratamento evoluem com manifestações de sepse ao longo de 1 ano após a alta, muitos deles sem a identificação de endocardite de prótese.
Por serem pacientes graves já de base, boa parte deles se mantém sintomáticos mesmo com o tratamento da valva aórtica.
A questão principal reside no fato de termos certeza de que a valva acometida está estéril no momento do implante do TAVI. Em caso positivo, o tratamento deveria ser permitido, mas pacientes que já desenvolveram endocardite em algum momento são de alto risco para novos eventos semelhantes e ter uma prótese transcateter pode ser o gatilho para nova infecção em um cenário de paciente ainda mais grave.
Outro ponto salientado para pior prognóstico está na questão técnica do implante. A vegetação residual pode ser responsável pela formação de um Leak, da inadequada expansão da prótese ou mesmo de embolização de detritos que podem levar a complicações sérias.
Atualmente o uso de TAVI nesses pacientes é uma medida quase que heroica com resultados muitas vezes duvidosos. As diretrizes atuais contraindicam, com razão o procedimento, mas em casos selecionados, após discussão de Heart Team e explicando riscos e benefícios ao paciente e familiares, podemos encontrar uma indicação.
Literatura Sugerida:
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