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Tratamento Transcateter da Mitral

Tratamento Transcateter da Mitral

Implante de Próteses – PARTE III

Esse assunto é tão complexo e atrai tanto a atenção dos cardiologistas que estamos abordando o tema e seus pormenores em 3 matérias para vocês acessarem todos os detalhes inerentes à abordagem transcateter da valva mitral.

A abordagem transcateter tem se desenvolvido bastante com as recentes inovações, tanto de dispositivos, quanto de métodos de imagem. Diante desse contexto, o uso de dispositivos de clip edge-to-edge, Valve-in-Valve e suas variantes e a troca valvar transcateter são alternativas para a intervenção mitral.

Nosso foco dessa série de postagens está sendo no valve-in-valve e suas alternativas, como o Valve-in-Ring e o Valve-in-MAC. Hoje será nossa abordagem final, trazendo conceitos sobre resultados e acompanhamento.

Durante a realização de determinado procedimento, seja qual for ele, alguns pontos são fundamentais e devem receber atenção máxima do operador e do ecocardiografista intra-procedimento:

  • Profundidade do implante do dispositivo (em geral 20% “atrializado”)
  • Alinhamento e coaxialidade do dispositivo
  • Expansão adequada do dispositivo

Para o implante de dispositivos, é muito comum a estimulação artificial do ventrículo para uma frequência acima de 150 bpm, reduzindo muito o fluxo momentaneamente para evitar embolização.

E ainda importante é o resultado do procedimento. Não basta apenas implantar, tem que conferir se o resultado foi bom diante de determinados parâmetros. Assim, devemos observar gradientes diastólicos baixos (médio abaixo de 5mmHg), área protética final, de preferência acima de 1,5 cm2, regurgitação mitral residual no máximo discreta, embora existam desafios com relação a sombras acústicas no acompanhamento desses indivíduos, ausência de gradiente sistólico na via de saída do VE e dinâmica contrátil do VE preservada.

Assim finalizando essa sequência de postagens sobre a abordagem transcateter da valva mitral, trazemos alguns pontos chaves que devem estar na nossa mente como um arco-reflexo:

  • A abordagem transcateter da valva mitral é complexa e uma preparação adequada com métodos multimodadidade é crucial para um desfecho positivo;
  • A TC de coração é fundamental durante o screening do paciente para adequado conhecimento anatômico (tamanho de anel, obstrução de via de saída, profundidade da prótese e riscos de Leak);
  • A tomografia também pode auxiliar no planejamento do local de punção do septo interatrial;
  • A ecocardiografia é o exame de escolha para acompanhamento intra-procedimento e pós-procedimento imediato. Em próteses com anel radiopaco, a fluoroscopia é muito útil;
  • A avaliação da via de saída resultante é um parâmetro indispensável nesse grupo de pacientes;
  • O acompanhamento anual deve ser realizada com ecocardiografista experiente para avaliar possíveis complicações.

Literatura Sugerida: 

  1. Little SH, Bapat V, Blanke P, Guerrero M, Rajagopal V, Siegel R. Imaging Guidance for Transcatheter Mitral Valve Intervention on Prosthetic Valves, Rings, and Annular Calcification. JACC Cardiovasc Imaging. 2021 Jan;14(1):22-40.

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