A indicação de intervenção em valvopatias é complexa e muitas vezes demanda uma análise muito individual. São pacientes ricos em comorbidades e um dos maiores desafios do cardiologista que se prontifica a tratar esses indivíduos talvez seja a contraindicação de determinada intervenção.
Antes de iniciarmos uma discussão geral sobre indicação, devemos salientar que é muito comum na valvopatia a análise do paciente segundo o risco cirúrgico, calculado pelos escores de risco cirúrgicos:
Basicamente temos esses dois escores mais usados na prática diária que conseguem estimar o risco de mortalidade operatória (até 30 dias após a intervenção), bem como o risco de comorbidades associadas, como evolução para disfunção renal necessitando de diálise, intubação traqueal prolongada, etc.
Valores abaixo de 4% de risco de mortalidade, classificam o paciente como baixo risco cirúrgico. Valores entre 4 e 8% classificam como moderado risco e valores acima de 8% como alto risco cirúrgico.
No entanto, diante do exposto durante todas as postagens do Valve Basics, é fácil perceber que o paciente portador de uma valvopatia é extremamente complexo e cheio de nuances peculiares. Esses escores foram desenvolvidos inicialmente para pacientes coronariopatas que seriam submetidos a cirurgia de revascularização. Mais tarde passaram por revisões para servirem aos pacientes portadores de Valvopatias.
Mesmo assim esses escores deixam de fora diversas situações que agregar comorbidades ao caso, muitas vezes subestimando o real risco de uma intervenção. Diante disso, a expertise do cardiologista no manejo desse grupo de pacientes é fundamental para a adequada indicação e o mais importante, a pronta recuperação do paciente.
Valve Center
Diante dessa necessidade cada vez maior de entender esse grupo de pacientes, tornou-se cada vez mais complexa a avaliação pré-procedimento. Grupos que estão cada vez mais difundidos mundo a fora são os Heart Teams, compostos por diversos cardiologistas subespecializados, como cardiologistas clínicos, ecocardiografistas, cirurgiões cardíacos, hemodinamicistas e cardiologistas especializados em diagnóstico multi-imagem.
Nesses grupos os casos são discutidos em sua extensão para que então possam indicar adequadamente a intervenção mais adequada ao caso. Muitas vezes um simples aspecto pode alterar completamente a conduta.
Por exemplo, um paciente com extensa calcificação da artéria aorta pode ter um diagnóstico de aorta em porcelana. Essa é uma situação que contraindica absolutamente uma intervenção convencional por cirurgia cardíaca. Dessa forma, na presença de uma estenose aórtica importante sintomática, a indicação passa a ser de TAVI, mesmo se tratando de paciente de baixo risco cirúrgico.
Com a complexidade diagnóstica cada vez mais avançada, ter um grupo de especialistas para discutir os pormenores das valvopatias tem trazido excelentes resultados nesses centros.
Literatura Sugerida:
1 – Braunwald, Eugene. Tratado de medicina cardiovascular. 10ª ed. São Paulo: roca, 2017. v.1 e v.2.
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