A estenose tricúspide é uma valvopatia relativamente rara e com repercussões clínicas ainda mais difíceis de se encontrar. Um acometimento estenótico da valva tricúspide, em geral, evolui com lesão mista.
De forma conceitual, ela se da pela redução da área valvar durante a diástole e surgimento de gradiente diastólico. Em áreas menores do que 1,0cm2 encontramos gradientes diastólicos acima de 5mmHg. Como podemos perceber, os valores diferem do que usamos na estenose mitral, sendo necessário uma área valvar bem menor para classificarmos a lesão como importante.
Tratamento
Como pudemos observar nas postagens anteriores, a estenose tricúspide é uma valvopatia primária e que, na presença de sintomas, tem indicação clara de intervenção cirúrgica.
Como ponte e/ou alívio de sintomas, podemos lançar mão de restrição hidro-salina e uso de diureticoterapia. Essas medidas podem ser importantes para reduzir a congestão hepática e sistêmica, melhorando o status hemodinâmico anterior à cirurgia.
A estenose tricúspide é, conforme dito várias vezes, uma patologia que quase sempre se manifesta em concomitância com outra valvopatia do lado esquerdo, na vigência de uma lesão reumática. Assim sendo, a intervenção e abordagem deve ser concomitante no mesmo tempo cirúrgico.
Vale ressaltar que diante de uma estenose mitral e tricúspide, a primeira valva a ser corrigida é a mitral, sob risco de elevar a pré-carga ao lado esquerdo e evoluir com instabilidade hemodinâmica.
Óbvio que esse aspecto só deve ser levado em consideração para o tratamento percutâneo de ambas as lesões, que é possível e podemos encontrar relatos na literatura. As demais indicações são de abordagem a céu aberto e a valvoplastia, em geral apresenta resultados ruins com regurgitação residual.
Nessas condições a indicação acaba por ser a troca valvar com implante de bioprótese, já que a trombogenicidade do lado direito é bem maior do que do lado esquerdo, pelas pressões baixas intracavitárias.
Casos de síndrome carcinoide devem ter o tumor ressecado, pois implantando uma bioprótese ou realizando uma plastia, a lesão pode voltar a progredir e reaparecer a disfunção após alguns meses pela mesma causa.
Literatura sugerida:
1 – Otto CM, Bonow RO. A Valvular Heart Disease – A companion to Braunwald’s Heart Disease. Fourth Edition, 2014.
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