Cada paciente portador de valvopatia é quase um livro de medicina interna, visto diversas comorbidades associadas que eles podem apresentar. Portanto, não existe uma regra básica geral a ser aplicada em todos os casos.
Para ajudar esse racional, a classificação por estágios A-D da American Heart Association traz alguns pontos interessantes para discutirmos e ajudar o leitor a ter um norte na condução dos casos.
Independentemente da valva acometida, pacientes em estágios A e B não tem indicação de indicação isolada e a sintomatologia que eles possam apresentar quase que certamente não vem da valvopatia em questão. Exceção se faz em casos de outra intervenção qualquer, por exemplo uma revascularização miocárdica convencional e o paciente apresente alguma lesão valvar de grau moderado. Nesses casos podemos encontrar uma abordagem concomitante, mas com baixa evidência de benefícios e ainda carece uma discussão mais aprofundada.
As principais indicações ficam nos estágios C e D, pois trata-se de valvopatia de grau importante e o que difere ambos os estágios é a presença (estágio D) ou não (estágio C) de sintomas.
Vamos dividir nas valvopatias específicas e suas etiologias para trazermos um resumo da indicação de intervenção. Cada valvopatia será abordada especificamente e com maior detalhamento nas postagens específicas.
Valvopatia mitral primária
Nesse caso, tanto estenose, quanto insuficiência, pacientes em estágio D tem indicação classe I de intervenção. Nesse caso, a intervenção convencional tem mais evidência de benefício a longo prazo, ficando a intervenção percutânea restrita a casos isolados.
Pacientes em estágio C tem indicação de intervenção em casos de repercussão hemodinâmica importante, como queda da fração de ejeção, surgimento de uma fibrilação atrial recente ou surgimento/agravamento de uma hipertensão arterial pulmonar. Dilatações cavitárias importantes também podem indicar intervenção, mesmo sem queda na fração de ejeção, mas com menor evidência de benefício.
Valvopatia mitral secundária, ou funcional
Nesse caso, temos apenas e insuficiência mitral funcional e a indicação de intervenção convencional isolada nesses casos é bem fraca, independente se Estágio C ou D. Isso significa que se o paciente tem uma insuficiência mitral funcional (secundária a dilatação do ventrículo esquerdo), na ausência de outro motivo para esternotomia, só pensamos em intervir nos casos refratários ao tratamento clínico e mesmo assim, com pouca evidência de benefício.
De forma prática, quase não indicamos uma correção de uma insuficiência mitral funcional isolada. Recentemente a discussão quanto a intervenção percutânea nesse grupo de pacientes se acirrou, mas com critérios bem específicos para intervenção que serão melhor abordados em postagem específica.
Literatura Sugerida:
1 – Braunwald, Eugene. Tratado de medicina cardiovascular. 10ª ed. São Paulo: roca, 2017. v.1 e v.2.
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